Os 3 melhores livros de José Vicente Alfaro

O último grande exemplo do ataque ao sucesso literário desde a editoração eletrônica é chamado Jose Vicente Alfaro. E mais uma vez tudo nasce dessa avaliação excepcional dos leitores que acabam deixando seus comentários às centenas na plataforma amazônica para muitas das obras desse autor nascido em Huelva.

É sempre interessante lembrar que algo semelhante aconteceu com os já renomados Javier Castillo, David B Gil o Eva Garcia Saenz. A literatura dos sucessos comerciais passa tanto pela seleção das equipes editoriais das editoras quanto pelo amor dos leitores que expressam o valor de um autor.

Mas voltando para Jose Vicente AlfaroDada a sua repercussão entre leitores especialistas em descobrir joias e fazer do boca a boca a melhor difusão, era questão de tempo até que um grande grupo editorial como o Planeta acabasse recuperando-a para a causa do círculo comercial oficial.

Os romances históricos deste autor, que continua a cultivar o seu enredo independente, assumindo rankings de best sellers, conduzem-nos a cenários muito diferentes com aquela mistura perfeita entre cenário e enredo.

Os 3 livros mais recomendados por José Vicente Alfaro

A esperança do Tibete

Recentemente, conversamos sobre Andres Pascual e selecionamos como seu melhor romance “O Guardião da Flor de Lótus”, que se passa também na região do Tibete. Será uma questão de sua fascinante conotação espiritual do ponto de vista puramente orográfico. Sem dúvida, a cordilheira do Himalaia deve ter algo para que os autores que sabem encenar uma boa história acabem despertando esse ponto transcendental em cada leitor.

Ainda mais em um caso como este em que voltamos a um século XIII em que o budismo tibetano está em uma grande encruzilhada, em busca de um novo mestre reencarnado. Há dias turbulentos na área e a população civil é obrigada a encontrar o seu destino de forma praticamente errante, onde quer que haja sossego.

O destino, esse aspecto inescrutável do ponto de vista budista, está se configurando em paralelo entre os espaços de governo religioso e uma família insignificante empurrada pelas circunstâncias, até que essa linha paralela converge magicamente entre a exuberante riqueza descritiva de um autor que faz cada cena viver e cada noção particular de seus personagens com realismo fascinante.

A esperança do Tibete

O grito da Ilha de Páscoa

Rapa Nui e seus Moai. O que poderia ter levado os habitantes da atual Ilha de Páscoa chilena a construir cerca de mil monólitos esculpidos com aquela efígie particular entre desafiador e perturbador? Essa dúvida ainda hoje permanece sem decolar, apontando para o obituário, para o culto aos mortos.

Mas nada é completamente conhecido. Neste romance somos servidos numa bandeja com o poderoso magnetismo de toda a ilha, e não apenas das suas esculturas. E tudo acaba sendo uma aventura emocionante. Porque, coloquemo-nos numa situação em que uma escavação da qual faz parte o protagonista, Germán, parece estar perto de uma grande descoberta. Até que seu diretor, Erick, acaba morto.

Assumir o controle da situação naquele momento não pode ser fácil. Mas Germán, arqueólogo por vocação, não pode abandonar o que aponta como um tesouro antropológico de dimensões mundiais. E será ele que continuará na aventura do conhecimento pontilhada de riscos.

O grito da Ilha de Páscoa

A fragilidade do crisântemo

Se há um autor que soube explorar o ponto exótico do Japão no mundo literário, esse é o anteriormente chamado David B. Gil. Mas junto com David, José Vicente Alfaro acaba também compondo um cenário perfeito para enredos em que a aventura e os mistérios se deixam envolver por aquele enigmático ponto do longínquo.

Neste romance histórico, desfrutamos desse equilíbrio quase perfeito entre ação, documentação, tensão e grandes emoções. Estamos no período Heian, equivalente à alta idade média. E da mesma forma que no Ocidente, só que com conotações figurativas muito diferentes, o povo vivia sob o jugo de mitos aproveitados pelo poder.

Parar no pequeno, em dois irmãos simples de família pobre, para acabar apontando para o topo de uma cultura obscurecida por um império despótico, mas repleta de papéis sugestivos, costumes cerimoniais, referências morais e crenças, é um desafio literário.

E José Vicente Alfaro sabe como conseguir aliar emoções intensas numa aventura de sobrevivência. Uma viagem entre a magia e os costumes que acaba unindo vidas muito diferentes para compor um cosmos brilhante com conotações épicas.

A fragilidade do crisântemo
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1 comentário sobre «Os 3 melhores livros de José Vicente Alfaro»

  1. Fiquei encantado com as recomendações deste autor, José Vicente Alfaro, e me encorajei a procurar mais obras. Seu último trabalho O Assassinato do Calígrafo de Bagdá, adorei, muito bem documentado como o autor costuma fazer, um enredo interessante, muito bem escrito e com um resultado incrível, que fisga e sabe como apresentar a você a obra. Sem dúvida um escritor muito promissor

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