Os 3 melhores livros da perturbadora Shari Lapena

La literatura canadense atual tem uma voz feminina. E se trata também de uma voz diversa que, em cada um dos seus grandes representantes, acaba por se dirigir a tudo. Da literatura mais sofisticada de Margaret Atwood, a exploração da história e da narrativa como grandes valores da narrativa universal no Premio Nobel Alice Munro e a abordagem aos géneros mais populares atualmente, como o suspense e o noir, através de uma magistral Shari Lapena. Sem dúvida um triunvirato essencial nos nossos dias para maior glória do grande país do extremo norte da América.

Focando em Shari Lapena, descobrimos um grande suspense feito em suas mãos um thriller psicológico que sempre mantém uma tensão dos aspectos próximos, alcançando aquela mimetização do medo que todo leitor deste gênero busca acima de tudo.

Os Início de Shari Lapena eles não apontaram para este gênero. Mas a verdade é que a chegada de sua obra à Espanha é baseada em seu romance de suspense "The Couple Next Door", um ônibus espacial de sucesso que, graças à recepção geral avassaladora, tornou possível a chegada de seus próximos dois romances.

Quando você se senta no seu cantinho para ler, ou se deita na cama com o livro nas mãos, ou aproveita aqueles momentos mortos no transporte público, você é automaticamente preso por aquela tensão psicológica que sacode cada personagem como uma corrente elétrica, para cada situação.

Shari Lapena brinca com seus personagens e, por extensão, conosco leitores. Ler Shari Lapena é redescobrir aqueles detalhes do cotidiano que de repente podem ser obscurecidos pela explosão de nossas bases mínimas, aqueles espaços de confiança necessários para sustentar a normalidade de nosso mundo. E o efeito é simplesmente fascinante, perturbador ao máximo. Leitura de entretenimento causou terremoto existencial ...

Os 3 principais livros recomendados por Shari Lapena

Uma família não tão feliz

No campo lamacento das aparências, a família à beira do colapso é a mais feliz do mundo. Enquanto ela parece fazer das discussões ao ar livre uma espécie de hábito, ela apazigua seus fantasmas. Não são poucos os que acham sua casa pequena e se encarregam de analisar a dos outros. Assim, muitas famílias saem às ruas na defensiva, com a aparência de tudo em ordem enquanto a espada segura por um fio prestes a ceder com tudo.

Shari Lapena pega essa ideia e a maximiza até os limites da razão, onde amores, paixões e ódios voam acima do familiar com suas sombras variáveis ​​que escondem e revelam segredos e mistérios. No final, tudo se sabe na família... Porque no dia menos esperado a mulher desce para limpar o porão onde o corpo está escondido ou o homem encontra os restos de um homicídio inimaginável entre as caixas velhas. A questão é que matar, envolver questões patrimoniais, nos aproxima daqueles velhos rancores Cainitas...

O bairro tranquilo e luxuoso de Brecken Hill acorda em estado de choque. Apenas os muito ricos podem pagar uma casa aqui e há poucas fortunas maiores que as de Fred e Sheila Merton. Mas nem todo o dinheiro do mundo pode protegê-los quando a morte bater à sua porta. Os Mertons foram brutalmente assassinados após um jantar tenso com seus três filhos. Que, é claro, estão devastados. Ou talvez não?

O casal ao lado

Os vizinhos convidam você para jantar. O típico jantar de confraternização para recém-chegados ao bairro. Você e seu parceiro hesitam em ir. Sua babá de costume acabou e você não tem ninguém a quem recorrer. Ocorre a você que sendo um jantar na casa ao lado…, você poderia muito bem ir com o monitor eletrônico e dar uma volta pela casa de vez em quando.

Marco acabou convencendo Anne e eles o fizeram. No final da noite, quando voltam para casa, a garota não está mais lá. Além do pânico correspondente, surge o sentimento de culpa. De Marco por convencer Anne, de Anne por sucumbir à ideia de Marco, da vizinha por pedir que não ficassem com o bebê, de Anne por sentir aqueles sentimentos de desprendimento pela filha recém-nascida.

Mas o pânico toma conta de tudo. O único objetivo é encontrar a garota. Saber o que aconteceu, deixar de lado aquele sentimento fatídico sobre um final possível e macabro para uma pessoa pequena como ela. A intensidade deste thriller reside em todas essas nuances. Ao que estamos acrescentando a necessidade de saber o que acontece entre tantas sombras que se espalham por todos os personagens

De certa forma, existem aspectos previsíveis. Mas parece mais uma pretensão arquitetada por Shari Lapena para que você confie em si mesmo como leitor e sucumba em maior grau ao impacto final, à reviravolta que nasce das evidências reveladas no meio do livro.

Um romance policial coral, onde aquelas sombras dos personagens nos conduzem aos seus passados, às suas possíveis motivações, à verdade última das suas almas. Psicologia de personagens singulares com quem criar empatia para compreender o rude e macabro do desaparecimento da menina. A polícia vai procurar pistas aqui e ali. E repito que vocês poderão verificar como a resolução do caso está chegando. Mas não confie em si mesmo, você tem muito que saber e descobrir nesta história ...

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Um estranho em casa

De Shari Lapena já esperamos uma daquelas grandes construções literárias de suspense, um thriller doméstico como o que ela nos mostrou em O casal ao lado. E certamente neste livro Um estranho em casa O escritor canadense reedita aquela fórmula do medo pairando sobre o fechamento com a intenção louvável do mais difícil ainda.

Em alguma ocasião, ouvi médicos e especialistas dizerem entre o neuronal e o psicológico que a perda de memória em um acidente pode ser produto do próprio trauma físico ou consequência do trauma emocional.

Considerando a capacidade de nossa psique de decompor uma realidade que repentinamente nos violou ao nos infligir danos intensos, não é de admirar que Karen navegue no terreno enevoado de sua mente depois de pegar a estrada com um carro.

Mas é o acidente ou sua amnésia é um mecanismo de defesa para outra coisa, outro negócio inacabado que ela parece sentir através da névoa de seu presente? Seu marido, Tom, está feliz por ter sua esposa de volta no que poderia ter sido um acidente fatal. Muita velocidade, por que ele estava indo tão rápido? onde ele estava indo? do que ele estava fugindo? ou era apenas que ele estava atrasado para um compromisso. Essas não são perguntas que Tom faz...

É a própria Karen quem quer saber. Ele precisa saber o que aconteceu com ele e sua própria mente só lhe mostra respostas vazias, como aquelas evocações traiçoeiras de algo que você sabe que é importante, mas que não pode tirar do poço da mente. Porque, apesar de tudo, apesar da felicidade de saber que está viva após um acidente de carro fatal, algo range naquela realidade para a qual ela voltou.

Karen acredita que a concussão acabará cedendo à luz, mas ela também sabe que pode não ter tanto tempo e duvida se deve esperar o momento de descobrir ou se considera imperativo fugir novamente sem ainda saber por quê.

A mente pode passar por suas próprias voltas e reviravoltas, mas às vezes o instinto de sobrevivência depende simplesmente do físico, do celular. O medo está embutido em muitas partes do corpo, como um sistema de alarme caso a razão falhe.

Um estranho em casa

Outros livros recomendados por Shari Lapena…

Todo mundo está aqui

Imitando Darío Fo naquele delírio teatral de “Ninguém paga aqui”, Shari Lapena aponta a confusão como argumento. Só no caso dele a questão é deslocada para espaços menos humorísticos e paródicos. Porque as aparências podem ser motivo de zombaria narrativa que expõe misérias morais e sociais, ou pode ser uma ferramenta mais sombria para esconder verdades sombrias...

William Wooler é, à primeira vista, um pai e marido dedicado. Mas ele está tendo um caso que naquela mesma tarde teve um final horrível em um motel suburbano. Quando ele volta para casa, arrasado e furioso, fica chocado ao ver que sua filha de nove anos, Avery, abandonou a escola mais cedo e perdeu a paciência.

Horas depois, a família de Avery relata seu desaparecimento. De repente, Stanhope não parece mais um bairro tão pacífico. E William não é o único que esconde uma mentira. À medida que as testemunhas apresentam informações, que podem ou não ser verdadeiras, sobre o desaparecimento, os vizinhos de Avery ficam cada vez mais perturbados.

Um convidado inesperado

Quando Shari Lapena invadiu o mercado literário, há apenas alguns anos, fomos apresentados a uma autora com sua marca particular de thrillers domésticos, a meio caminho entre a cinematográfica da janela traseira de Alfred Hitchcock, e mesmo tocando aquela tensão de leitura de grandes romances como Misery and the shining, de Stephen King.

Trata-se de buscar o desequilíbrio na zona de conforto, redesenhando esses cenários de significados gentis como casa e segurança, para nos abrirmos a suposições que abalam os alicerces de nossa consciência. Porque se o conhecido, se as pessoas do nosso meio se nos apresentarem como estranhos de quem não sabemos tudo, o suspense está assegurado.

Não é de estranhar, então, que o romance The Couple Next Door, com o qual Lapena viajou do Canadá para o resto do mundo, alcance aquele rótulo de thriller doméstico em que as sombras da suspeita de repente pairam sobre um mundo construído a partir da subjetividade do protagonistas.

Personagens que precisam de fugir dos seus padrões normais para espreitar a verdade mais crua que veio desestabilizar tudo. Recentemente li sobre a concepção de casa, sobre o que cada um de nós considera ser a nossa casa, da conquista simbólica do pincel desde dentes no banheiro até a criação de uma casa em torno da família.

Há quem faça de cada hotel a sua casa, por imperativos de trabalho ou por quaisquer outras circunstâncias. Em última análise, apenas um hotel é habitado por estranhos que compartilham a vida nos corredores ou no buffet de café da manhã.

O hotel Mitchell's Inn é aquele lugar bucólico longe da multidão enlouquecida onde cada novo hóspede vem para curar feridas ou recarregar baterias, para encontrar a si mesmo ou a alguém que nunca deveria pertencer à sua vida oficial. Um lar temporário para consciências inquietas ...

Contar uma história de suspense nos arredores de um hotel evoca necessariamente Agatha Christie. E certamente este romance oferece uma abordagem que se conecta com esse grande escritor. E aí surge a questão de saber se Lapena estará à altura da tarefa... A tempestade chega ao local com aquele noséqué telúrico e dos elementos que já despertam nosso alerta mais atávico.

O hotel perde eletricidade e a escuridão torna-se o aliado perfeito para aquele lado obscuro de alguns dos hóspedes que, vindo ali para expurgar pecados, encontrar descanso ou realizar algum engano conjugal, podem ser empurrados para seus impulsos mais sombrios ou encontrar o ambiente perfeito para sua vingança. Uma história que, embora faça parte de um argumento já sondado, é capaz de nos manter presos à trama.

Um convidado inesperado
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