Os 3 melhores livros de Paula Hawkins

Em uma escritora tão brilhante como Paula, é melhor enfrentar a tarefa de estabelecer o ranking de suas obras o mais rápido possível. Porque aí vem a produção quase industrial, os romances cadenciados em sua publicação perfeitamente periódica. A autenticidade também se mede quando o autor de plantão não se deixa levar por inércias comerciais que exigem cada vez mais obras.

Por que doña Paula Hawkin foi um dos últimos autores do efeito terremoto daquele híbrido perfeito que é o gênero negro e o suspense. E embora esse primeiro trabalho ainda pareça difícil de superar até por si mesmo, não há dúvida de que a melhoria é sempre possível. A questão é que Hawkins passou a vender milhões de livros devido ao seu cunho para nos oferecer uma trama de tensão máxima. Trata-se apenas de encontrar novos cenários para isso. Enquanto isso, outros romances interessantes nos aguardam…

Em outras palavras, não podemos negar que esse tipo de literatura que aparece com tanto poder, às vezes fica florido por um dia. Mas No caso de Hawkins, ele soube cavalgar dignamente a onda de seu primeiro e triunfante romance com uma segunda história que, se não bastasse, pelo menos alcançou notória qualidade.. Portanto, tenho certeza de que tudo será uma questão de tempo.

Principais romances recomendados de Paula Hawkins

A garota no trem

Há algo perturbador na rotina, em qualquer rotina. No filme O Show de Truman, a sensação de que o mundo se transforma em um cenário gigantesco é abordada pela nossa percepção subjetiva como protagonistas de nossas vidas.

Nesta ocasião, a escritora soube fazer uma transmutação inteligente da vida anódina de Rachel (com aquela sintonia imediata do cotidiano de sua vida) projetada para outros personagens com os quais ela interage apenas como meros elementos decorativos de sua vida, como padrões de o dia Hoje, personagens muito parecidos, mas idênticos, que devem estar ali para que cada novo dia no trem para o trabalho confira sobre o futuro de Rachel no ambiente seguro de sempre. A partir daí, propor qualquer mudança facilita um toque disruptivo a partir do qual a tensão pode atingir alturas inimagináveis. Rachel havia nomeado um casal como qualquer outro que bebia café.

A vida de outras pessoas às vezes serve para destacar deficiências e outras misérias próprias. O problema é que Rachel, nossa amiga observadora de sua rotina, também pode estar sendo observada. Nada pior do que a rotina completa para poder sucumbir a um plano perverso de quem conhece a cadência precisa de seus movimentos, uma vez que o acaso o liga ao agourento. 8:04 da manhã, como tantos outros dias.

O trem continua seu curso mais uma vez. E ainda assim, com aquela lucidez arrepiante do sexto sentido, Rachel descobre aquele aviso arrepiante de que algo estranho está se formando ao seu redor. Talvez por olhar demais e acabar vendo o que nunca deveria ter visto.

A Garota no Trem, de Paula Hawkins

A simmering

A vingança é um prato que se serve frio, sem dúvida. Paradoxalmente, tudo que envolve o planejamento e desenvolvimento de um bom cardápio exige esse cuidado e fogo baixo. Ainda mais se cozinharmos um rancor. O maior vingador é aquele passado que gostaríamos de enterrar para sempre. Até que algo comece a se mover no subsolo, um terremoto específico que retorna os restos de nossa vida anterior à superfície. E desta segunda vez o fedor se torna insuportável. E talvez o mundo inteiro saiba sobre o monstro que nos governa desde que a traição entrou em nossas vidas ...

A descoberta do corpo de um jovem brutalmente assassinado em uma casa-barco em Londres desperta suspeitas em três mulheres. Laura é a garota problemática que ficou com a vítima na noite em que ela morreu; Carla, ainda de luto pela morte de um parente, é tia do jovem; e Miriam é a vizinha curiosa que esconde informações sobre o caso da polícia. Três mulheres que não se conhecem, mas que têm ligações diferentes com a vítima. Três mulheres que, por motivos diversos, convivem com ressentimentos e que, consciente ou inconscientemente, esperam o momento de reparar o dano que lhes foi feito.

Slow Fire, de Paula Hawkins

Escrito na água

Todo bom thriller psicológico deve ter um ponto de partida a meio caminho entre o romance policial e a angústia do drama. Quando Nel abade a irmã de Jules, morre misteriosamente, esses dois aspectos necessários decolam: a dúvida sobre um possível assassinato ou morte violenta de um lado, e o drama, a preocupação com a perda de um ente querido, de outro. Sirva esta crítica para esclarecer os amantes de "A garota no trem”Que, além da harmonia temática entre os dois romances, as tramas se movem em ritmos diferentes.

Não é a mesma coisa que um mistério aparece em sua vida por acaso, que um gatilho traumático como a morte violenta de uma irmã te sacode de repente. No entanto, essa diferença de ritmos não decepcionará o leitor deste autor. O oposto. Desde a primeira página, Paula Hawkin já joga a isca para você não parar de ler.

Você já leu The Invisible Guardian of Dolores Redondo? Estou perguntando porque existem algumas semelhanças interessantes na maneira como você aborda a história. Os passados ​​tempestuosos dos personagens são uma ótima ferramenta para inserir aos poucos aquele passado que embaraça seus movimentos, e que dota esses protagonistas de um peso próprio que avança com o enredo geral da história.

Quando Jules retorna ao povoado de sua infância, arrastada pelas dolorosas circunstâncias da morte de sua irmã, começamos a pensar nesse algo mais que a protagonista esconde o melhor que pode, até que um clique desperta o lado negro de Jule, no da mesma forma que acontece com Amaia Salazar em O guardião invisível. A quietude das águas pode transmitir serenidade, exceto para quem sabe o que se esconde nas profundezas.

Escrito em Água, por Paula Hawkins

Outros livros recomendados por Paula Hawkins…

Ponto cego

Todo o passado anseia por voltar a si mesmo com o passar do tempo. As memórias são o gancho necessário para aqueles que finalmente cedem e se rendem a serem consumidos pelo que vivenciaram. Às vezes é ainda pior. Porque quando o passado guarda seus segredos para si mesmo como prova do promotor, o reencontro se torna inevitável. As brumas de ontem sempre espreitam, até que acabam pairando sobre o hoje com sua escuridão absoluta.

Desde crianças Edie, Jake e Ryan são inseparáveis. Os três contra o mundo. Edie pensou que a amizade deles poderia lidar com qualquer coisa, então quando seu marido Jake é brutalmente assassinado e seu melhor amigo Ryan é acusado pelo crime, seu mundo desmorona.

Edie está sozinha pela primeira vez em anos na casa do penhasco que dividia com Jake. Ela está de luto e tem medo, e tem razão de estar, porque alguém a está observando, alguém que estava esperando por esse momento. Agora que Edie está vulnerável, o passado do qual ela tenta desesperadamente fugir está prestes a bater em sua porta.

Paula Hawkins, autora de A Garota no Trem, nos oferece um romance emocionante no qual descobriremos que mesmo o ato mais bem-intencionado pode ter consequências trágicas. Uma história cheia de reviravoltas soberbamente escrita pela indiscutível rainha do suspense.

Ponto cego
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5 comentários sobre «Os 3 melhores livros de Paula Hawkins»

  1. Em A garota no trem, não sei se é o original ou a tradução, mas vou para a página 100 e já vi 4 ou 5 erros (contradições ... digamos A, e depois de um tempo Acontece que era B)

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