Os melhores livros de Joaquín Camps

Na seção deste blog dedicada aos melhores livros de inúmeros autores, costumamos selecionar aqueles que já possuem essas três obras para subir ao pódio de seus melhores romances.

Mas no caso de Joaquin Camps fazemos uma exceção semelhante à que consideramos fazer com Javier Castillo antes de chegar a esses três romances para posicionar nossos critérios mais subjetivos.

E agora depende de Joaquín Camps e sua dedicação às obras de ficção. Uma irrupção que também aponta para aquele ótimo nível de best-seller conquistado com força com grandes romances e reconhecimento oficial de grandes prêmios como o Azorín de novela.

Este professor da Universidade de Valencia também tem como objetivo ensinar romances espanhóis dentro de um gênero de suspense em que o autor delineia seus personagens com grande profundidade psicológica.

Se ele também consegue, por acaso, finalizar tramas com propostas de grande intriga e consegue dar esse ritmo compensando entre tensão, afeto e ação, encontramos um escritor que sempre convence com suas histórias.

Romances recomendados de Joaquín Camps

A silhueta do esquecimento

A descoberta de Vencedor da Árvore Foi, na minha opinião, uma nova variante do romance policial. Histórias, casos que se relacionam com os sentimentos mais profundos sobre o trágico de viver a partir da noção do crime, da transitoriedade da vida, nas mãos do assassino de plantão, também se convertem em muitos casos em um derivado dos medos e dúvidas do os próprios pesquisadores, como nêmesis existencial materializada em suas vítimas, bem como em seus perseguidores, diante de sinistros reflexos de sua própria vida pairando sobre o abismo.

E a verdade é que neste sentido Joaquín Camps parece reunir uma semelhança imaginária, conseguindo assim um suspense geral que percorre cada obra a partir de uma ansiedade completa. E este romance premiado Prêmio Azorín 2019 para mim, está em sintonia com aquela ideia mais ou menos nova de um gênero negro focado no thriller de viver quando as ondas de todos os personagens reverberam para uma composição melancólica, guiada por uma tensão psicológica que atinge todas as margens.

Claudia Carreras já está balançando nessas águas há algum tempo. A perda marca seu dia a dia com aquele peso que só o tempo pode acabar liberando, mas que entretanto chega para esmagar a consciência. Mesmo assim, sem seu amado Tomás com quem compartilhou casos e uma cama, o vôo avançado a leva de Madrid a Valência, na esperança de que o Mediterrâneo desvie suas ondas ruins para outras costas distantes.

Pouco depois de chegar, seu primeiro caso a assalta com as incertezas de sua situação particular. O desaparecimento de Lara Valls, mais do que um caso asséptico, assume um carácter muito particular, em que cada passo dado ao seu resgate ou a descoberta do seu corpo a introduz numa espiral, numa inércia fatal.

Nada pior do que sentir empatia drástica pela vítima de um caso. Mas Claudia encontra aos poucos na mímica com Lara um estranho refúgio de confortável melancolia ao compartilhar com Lara os caminhos da perdição.

A silhueta do esquecimento

A última confiança do escritor Hugo Mendoza

O primeiro romance do autor. Um filme de estreia muito valorizado pelos leitores. E é que, como apontamos antes, quando um escritor como Camps coloca esse esforço em toda a verossimilhança dos personagens e oferece um enredo bem pensado, novo e surpreendente, a coisa de estreia não é tão perceptível.

E assim o trabalho final passa a ser, em um gênero tão massivo quanto o suspense-mistério, uma grande decolagem do autor já perfeitamente diferenciado com aquele cunho e aquela forma de narrar que conquista leitores em todos os lugares.

A história narra a jornada particular de Víctor Vega, imerso em uma investigação sobre o mítico e já falecido escritor Hugo Mendoza. Sua morte desperta suspeitas em sua esposa e ele considera que Victor pode ajudá-la a determinar a verdade última.

Investigar o mistério levantado é um spoiler. Mas é que muito além das investigações de um assunto como o apresentado, o romance usa a grande capacidade do autor de criar perfis psicológicos tão profundos para traçar linhas paralelas que se entrelaçam com o mistério.

Pois que enigma maior do que a própria vida, assaltada com a energia de novos horizontes? Victor Vega, Paloma e muitos outros personagens nos inundarão com suas vidas enquanto suamos tentando desvendar o grande mistério final.

A última confiança do escritor Hugo Mendoza
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