3 melhores livros de Blas Ruiz Grau

Que os leitores já têm a última palavra quando se trata de conduzir um escritor ao sucesso é incontestável. As plataformas de editoração eletrônica, ou plataformas de publicação de crowfunding, podem obter um prêmio final de tal magnitude que os grandes editores não têm escolha a não ser dar um lance por eles. Você não precisa mais de grandes conselheiros, caçadores de gênios ou apostas arriscadas. Visitar as listas de vendas da Amazon pode ser esclarecedor.

O exemplo de Blas Ruiz Grau junta-se a um elenco de grandes referências. A partir de Eva Garcia Saenz para Javier Castillo o Miguel Santiago, para citar alguns dos mais reconhecidos e que acabaram sendo destaque nas principais editoras.

Também é verdade que, ao analisar brevemente os motivos do enredo que costumam fazer um escritor freelance ter sucesso em primeira instância na editoração eletrônica, costumamos encontrar histórias negras, mistérios sombrios, enredos de suspense psicológico.

É claro que estes são bons tempos para a maioria da literatura noir em qualquer uma de suas ramificações. E Blas Ruiz Grau Não é uma exceção.

Este autor de Alicante se comunica em comprimentos de onda semelhantes aos dos escritores mencionados. Qualquer um de seus romances é uma passagem para uma viagem pelos recônditos escuros da alma. Lá onde o mal é galopante para a materialização do crime.

Nestes casos, aquele que é capaz de oferecer novos argumentos, um bom desempenho no comércio narrativo e máxima tensão narrativa, consegue o que aconteceu com Blas: um sucesso avassalador.

Os 3 livros mais recomendados de Blas Ruiz Grau

Não mentiras

Os contrastes são sempre grandes aliados para acabar despertando sensações mais plenas em um sentido extremo ou outro. Vamos imaginar um palhaço, o emblema da infância, uma fonte de risos e diversão ... agora vamos imaginar Pennywise, o palhaço sinistro dele, a história de Stephen King.

Sim, eu estava me referindo a esse aborrecimento assustador. Os lugares comuns, o cotidiano, o que todos sabem mas transformados pelo escritor no sentido do mais estranho ou sinistro, acaba adquirindo o máximo poder cênico.

Este romance pode começar como uma história sentimental face à tragédia de um pai que parte para sempre, com quem quase não se trocaram palavras nos últimos anos.

Mas em seu retorno a uma cidade em Alicante transbordando com a estranha luz das circunstâncias, Carlos, o filho, descobrirá que uma realidade muito diferente se esconde por trás do suicídio de seu pai.

A luz filtrada entre as ruas antigas da vila começa a despertar as sombras de uma mensagem escondida, de um segredo póstumo oferecido sem dúvida pelo pai ao filho. A essa altura, a morte trouxe uma tempestade negra de destruição à cena.

Não mentiras

Sete dias de março

É sempre um prazer encontrar ficções históricas, com mais ficção do que história, para um período tão sombrio como a Guerra Civil Espanhola.

Embora para ser mais preciso, essa história começa entre os escombros no final, enquanto os vencedores relembram as propriedades saqueadas e os derrotados contam suas vítimas.

Entre os vencidos está Juan, estranho emblema de um jovem forjado a partir dos que ficaram sem nada e que continuam sendo perseguidos assim que suas convicções são descobertas.

No gosto do autor pelos contrastes narrativos, seu personagem como Juan encontra uma Carmen do outro lado, embora repleta daquela rebeldia e daquela discordância de quem se conhece do lado cômodo sobre a cabeça dos desfavorecidos.

Mas a impossível história de amor entre os dois avança quase de forma complementar. Porque o propósito desses jovens não é viver uma feliz história de amor.

Não pelo menos no desenvolvimento desta história. As inércias do submundo para as quais Juan a conduz levarão Carmen a formar um grupo subversivo que pretende enfrentar o regime nascente com um plano enigmático que mantém o leitor colado ao seu inesperado desenvolvimento e fim.

Porque, para além dos fatos, na literatura histórica é interessante se convencer de que algo pode mudar em relação ao que realmente aconteceu. Uchronies em que tudo é possível.

Sete dias de março

A verdade vai te libertar

Madeira do escritor é algo que vem como uma bênção e que pode se manifestar assim que alguém se senta ao computador com a intenção de contar uma história.

Lidar com um romance de mistério sobre alguns desses enigmas transcendentais de nossa civilização é uma grande tentação para todos os autores. Mas, no fundo, trata-se de saber fazer (incluindo documentação, argumentação consistente, tensão narrativa e esse equilíbrio entre agilidade e conhecimento manifesto sobre o assunto).

Nesta história, reescrita pelo autor (graças ao programa de editoração eletrônica da Amazon), enfrentamos uma jornada fascinante, aquela que Carolina empreende depois que seu pai é assassinado. A seu lado, sutilmente convencidos pela investigação da jovem, encontramos o inspetor Nicolás Valdés. Entre os dois, eles vagam pelos recessos escuros do passado. Aquela época em que o conhecimento era acumulado por poucos.

O tesouro templário sempre foi uma referência inesgotável de suposições, pesquisas, bem como para a literatura e o cinema. E este romance é uma boa amostra, um daqueles grandes redentores desse tema.

A verdade vai te libertar

Outros livros recomendados por Blas Ruiz Grau

o abutre barbudo

As lendas também têm um ponto fabuloso às vezes. Personalizações estranhas de animais capazes de animosidade além da simples predação que pode acontecer com sua espécie. A mistura da polícia com aquele ponto até esotérico dos mitos mais sinistros conspiram nesta história para despertar medos atávicos, sensações de que o ser humano ainda habita um espaço onde pode se encontrar com aquele imaginário popular que às vezes parece assustadoramente verdadeiro.

Quais são as origens das lendas mais aterrorizantes? Como nascem nossos maiores medos? E, acima de tudo, o que aconteceria se eles se tornassem realidade? Anos atrás, Nicolás Valdés se mudou de sua cidade natal nas montanhas de Madrid, deixando seu passado lá. Nessa época, ele se tornou o inspetor de polícia de maior prestígio do país e conheceu as trevas mais sombrias da mente dos psicopatas.

Porém, um violento assassinato o obrigará a voltar e enfrentar aqueles que ele queria esquecer e as lendas do lugar, que estiveram escondidas por muito tempo... Enquanto ele tenta investigar o ocorrido contra a vontade das autoridades locais, os habitantes da área insistem em uma teoria lendária: o abutre barbudo, uma criatura assassina que retorna a cada quarenta anos. E desta vez ele não vai parar até que sua sede de sangue seja satisfeita.

En esta vibrante novela policiaca, Blas Ruiz nos adentra en el pasado del inspector y en la mitología de una pequeña localidad donde el mayor miedo nace de una pregunta que todo el mundo se formula en silencio: ¿Y si la terrible criatura es en realidad uno deles?

O abutre barbudo, Blas Ruiz Grau
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