Os 3 melhores livros de Daniel Silva

Se houver um redator atual encarregado de continuar na esteira do Tom Clancy, Le Carré e outros grandes escritores de romances de espionagem que emergiram da guerra fria, isto é Daniel Silva. Este prolífico e brilhante autor, cujos romances chegam à Espanha com alguma assiduidade, embora não todo o seu acervo bibliográfico, destaca-se hoje como um dos maiores campeões de vendas do gênero de espiões que flerta com o gênero negro e até com o suspense.

A dedicação à escrita chegou ao bom Daniel por meio dessa tangente literária que é o jornalismo, a costumeira linha de cruzamento com a narrativa ficcional. Seu trabalho como correspondente em países do Oriente Médio também serviria para apoiar alguns de seus romances com temas que remetem ao jihadismo.

Sem dúvida um autor cheio de experiências para se expandir à vontade em tantos bons romances.

Os 3 principais romances recomendados de Daniel Silva

o violoncelista

A vigésima primeira parcela, não há nada, na série Gabriel Allon. Um personagem inusitado no contexto de suspense com o qual Daniel Silva nos conquistou para a causa de suas tramas de suspense internacional. Um romance que se encaixa nos padrões atuais de um mundo governado por capitais e multinacionais muito acima de seus próprios governos. Uma história com foco duplo na própria trama do crime de plantão enquanto nos mergulha nas profundezas insondáveis ​​dos eventos mundiais atuais.

O envenenamento fatal de um bilionário russo envia Gabriel Allon em uma perigosa jornada pela Europa e na órbita da música virtuosa que pode conter a chave para a verdade sobre a morte de seu amigo. A trama que Allon descobre leva a canais secretos de dinheiro e influência que chegam ao coração da democracia ocidental e ameaçam a estabilidade da ordem global.

O violoncelista, Daniel Silva

La otra mujer

Quem iria imaginar isso? O próprio Daniel Silva, uma mistura de seus antecessores no gênero de espionagem ianque (a elegância de Patricia Highsmith e a intensidade de Roberto Ludlum), parou e jantou em território espanhol para decolar com seu mais recente romance de suspense internacional.

De um retiro tranquilo em Cádis vamos descobrindo uma daquelas tramas em que o passado dos protagonistas acaba voltando para acertar velhas contas. Porque uma vez dentro do terreno lamacento da espionagem internacional, você nunca está completamente livre, nem em Cádis nem em Timbuktu.

Mas no caso da enigmática protagonista que goza de sua agradável vida de ócio no sul da Espanha, ela se encarrega de mencionar esse passado sem pesar as consequências (ou precisamente desejá-las por algum motivo que nos escapa desde o início).

A biografia desta senhora, francesa para dizer o mínimo, é apresentada em uma época passada em que ela enfrentou sua tragédia particular pelo simples fato de se apaixonar por um daqueles caras que andam na corda bamba, um espião que mudou missão a missão e que ela vacilou com seu amante, a ponto de conceber um filho finalmente levado embora.

Não é de estranhar, então, que a mulher busque vingança por acontecimentos que ainda hoje roubam seu sono e para cuja resolução ela quer colocar o último que resta de sua vida.

Ela sabe que o que escreve vai espirrar uma União Soviética que soube se infiltrar mais que um espião um confidente fundamental para um projeto de longo prazo no qual, se o espião acaba ganhando a confiança dos inimigos da pátria russa, os herdeiros da KGB pode acabar conquistando o mundo da forma mais silenciosa.

O depoimento da mulher misteriosa chega até Gabriel Allon, personagem já emblemático de Silva por trás de cujas costas a sombra do Mossad sempre paira. A missão de Gabriel se concentrará em revelar aquele infiltrado da Rússia sombria que está sinistramente se aproximando do fim de sua missão. Tudo o que se esperava dele foi cumprido e agora ele está a apenas um passo de conquistar o mundo ...

Uma história que liga os dias fascinantes (pelo menos à distância), da Guerra Fria, a alguns novos dias atuais que apontam para a mesma relação gelada de intenções sombrias e interesses malignos de ambos os lados do mundo.

La otra mujer

O confessor

O bom escritor mostra, principalmente, o quanto decide transformar sua obra, seja em tempo hábil, como é o caso, ou definitivamente. Nesse romance, Daniel Silva mostrou que também atuou perfeitamente no gênero da ficção histórica.

Do nazismo ao poder católico, Daniel nos oferece uma estrutura sobre diferentes momentos sombrios da história. Um olhar fictício sobre os dias do Holocausto.

Grandes segredos que acabam nos oferecendo sinergias entre o nazismo e o papado de Pio XII. Um dos aspectos mais macabros do nazismo foi o desvio do que eles chamaram de Solução Final. Como eles poderiam acreditar que havia algo legal nisso? Cada ideologia tem seu fundamento e seu suporte ...

O confessor

Outros livros recomendados de Daniel Silva…

Casa de espionagem

O agente Gabriel Allon faz jus à sua reputação de longa data como um grande espião, meio James Bond, meio Jason Bourne. E é que o bem de Gabriel mantém aquela postura entre Bond elegante e misterioso ao mesmo tempo que seus casos mergulham no submundo dos conflitos internacionais que estão mais próximos de um Jason Bourne sempre à beira do precipício.

Na verdade, é provável que o segundo seja uma evolução do segundo, mas no caso de Gabriel sua grande virtude consiste em manter o equilíbrio entre os dois estereótipos de superagentes praticamente maquiavélicos. Sem dúvida, as notícias internacionais estão sempre com medo latente diante da ameaça do ISIS. E este romance, precisamente, se encarrega de ficcionalizar nossos medos mais reais com uma proposta de tensão máxima.

O líder da pirâmide do ISIS afirma ser chamado de Saladino. E sem dúvida o terrível ataque que abala o West End de Londres leva sua marca. E justamente por isso, por causa do selo inconfundível, Gabriel Allon poderá se agarrar a um fio para puxar para se aproximar de Saladino. Sua caça e captura assumiram uma aparência pessoal para um Gabriel cujo lado mais sombrio apenas espera dar uma vingança cruel.

De Londres ao sul da França ... Agora Gabriel já sabe que para golpear golpe após golpe em pontos relevantes de seu inimigo ocidental, ele precisa de certa ajuda. Porque para os mais sujos o dinheiro justifica tudo, ou melhor, cobre tudo.

Em uma luxuosa mansão francesa, Gabriel conhece Jean-Luc Martel, seu objetivo de se relacionar com Saladino. Só precisa ser usado a fundo para ligar o narcotraficante Martel ao Martel capaz de vender sua alma ao diabo, ameaçando toda a civilização ocidental se se trata de ganhar dinheiro ...

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A nova garota

A esfera pessoal de cada espião, líder poderoso ou mesmo policial é sempre o seu tendão de Aquiles. Porque ter uma vida privada como alguém com poder ou conhecimento suficiente para ser odiado pode ter um preço inacessível. Daniel Silva nesta ocasião, ele aborda aquele espaço mais pessoal para converter seu enredo em um thriller puro.

Em uma escola particular suíça exclusiva, o mistério envolve a identidade de uma garota de cabelos pretos que chega todas as manhãs acompanhada por uma escolta digna de um chefe de estado. Dizem que ela é filha de um empresário muito rico. Na realidade, seu pai é o todo-poderoso Khalid bin Mohamed, o agora insultado príncipe herdeiro da Arábia Saudita e outrora aclamado pela comunidade internacional por sua promessa de empreender reformas religiosas e sociais.

Khalid é agora alvo de duras críticas de todos os governos por seu envolvimento no assassinato de um jornalista dissidente. E quando sua única filha é sequestrada, ele se volta para o único homem que pode encontrá-la antes que seja tarde demais.

Gabriel Allon, o lendário chefe do serviço de inteligência israelense, passou grande parte de sua vida caçando terroristas. Entre eles, numerosos jihadistas financiados pela Arábia Saudita. O príncipe Khalid prometeu finalmente quebrar o vínculo estreito entre seu reino e o Islã radical.

Só por isso Gabriel o considera um valioso colaborador, apesar de não confiar nele. Juntos, eles formarão uma aliança precária em uma guerra secreta pelo controle do Oriente Médio. A vida de uma menina e o trono da Arábia Saudita estão em jogo. Allon e Khalid fizeram vários inimigos para si próprios. E eles têm muito a perder.

Marca do assassino

Quando um romance desse gênero é apresentado como um ambiente tranquilo, onde civis de todos os tipos e condições vagam pacificamente, sabemos que algo sério nos espera. Se a cena também se passa em um aeroporto, a tragédia é servida para o thriller total.

Mas a magia de Daniel Silva é redirecionar a história para um pano de fundo político muito mais profundo no qual, por trás da imagem do assassino que puxa o gatilho, sempre se encontram interesses sinistros capazes de tudo.

Daniel Silva é um mestre da conspiração como argumento, a ponto de atingir uma tensão na trama que o leva a uma leitura frenética em direção à resolução do caso.

Marca do assassino
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