Os 3 melhores livros de Arnaldur Indridason

Chegamos ao autor de um romance policial com o sobrenome mais impronunciável de todos para um falante de espanhol. E ainda um dos sobrenomes mais valiosos do gênero negro para todos. Com traduções em até 37 idiomas, seus romances foram lidos até no Djibouti, suponho. Me refiro a Arnaldur Indriðason.

Esta O escritor islandês tem aquele diferencial. Não tem que ser do gosto de todos os leitores do gênero, mas é como se Arnaldur pudesse colocá-lo dentro de um cenário inquietante, em torno de um caso sinistro a ser solucionado, no meio de um deserto sobranceiro a um maravilhoso norte luzes de cores tão intensas quanto enlouquecedoras.

Pode parecer estranho para você, mas nunca subestime sua capacidade empática. Conhecendo as origens islandesas do autor, garanto-vos que ele acabará por conduzi-lo através da sua imaginação, repleta de noites ensolaradas, dias escuros e céus com brilhantes efeitos magnéticos.

A verdade é que graças a esse ponto exótico destas peças, o romance policial de outros autores nórdicos, de Mankel para Jo nesbo (porque abrange a grande maioria em ordem cronológica), vem triunfando há anos.

Mas, em minha opinião, apenas Arnaldur explora essa capacidade de narrar entre as forças telúricas de uma terra fria e inóspita como uma metáfora para o coração interior de qualquer psicopata.

3 romances recomendados de Arnaldur Indriðason

Inocência roubada

O melhor representante de gênero nórdico noir, versão insular, regressa com um dos seus enredos de máxima tensão psicológica para aquele thriller total que se liga aos medos que nascem do telúrico, aproveitando a vasta solidão da Islândia tornada lar não só do próprio autor mas também do seu horripilante configurações e seus personagens perturbadores.

Porque islandês Arnaldur Indridason ele se entrega a uma narrativa profunda dentro desse aspecto do criminoso que tanto tem dado na literatura mundial nas últimas décadas. E se tornar um grande expoente da Islândia, ninguém como ele tira proveito das paisagens geladas, das extensas estepes nas quais não há como se esconder além da escuridão peneirada por meses e meses ...

Nesta inocência roubada que o escritor nos apresenta nesta ocasião, encontramos dois personagens que acabam de sair de cena com o ceifador matando-os violentamente. A morte os levou embora como parte de um plano sinistro para cuja revelação final, o bom e velho inspetor Erlendur terá que puxar a única pista possível: a relação passada entre os dois como professor e aluno.

Desde aqueles dias de aprendizado e aulas, muito tempo se passou. O professor continuou a praticar como tal enquanto o aluno acabou afundando na doença mental como consequência de Deus sabe o que os infernos ele visitou.

Mas agora a morte de ambos abre um caminho escurecido pela loucura e pelo medo. Um caminho que parece levar ao fogo daqueles infernos que acabou queimando os dois. Porque o suicídio do jovem esquizofrênico e sua ex-professora casam com outra coisa, com um segredo indizível, a cuja simples sensação de serem descobertos, ambos preferiram a morte.

inocência roubada

Silêncio mortal

Islândia, na verdade uma ilha isolada do continente europeu que, no entanto, também pode abrigar segredos daquela época sombria entre 39 e 45, a Segunda Guerra Mundial.

Alguns ossos do presente despertam a curiosidade de pesquisadores de todos os tipos, desde o detetive Erlendur até os próprios arqueólogos que assumem as tarefas de exumação.

Os misteriosos ossos foram encontrados em algumas colinas rochosas perto de Reykjavik, um espaço usado como último refúgio pelos habitantes indefesos que descobriram em um ponto que os tambores distantes da guerra os afetavam também.

O estudo dos ossos acaba sendo uma viagem às histórias lembradas pelos cariocas, evocações sombrias e acontecimentos que compõem um conto sinistro que o gelo da memória dos islandeses parecia ter guardado, para o bem de todos.

Silêncio mortal

A passagem das sombras

Segredos antigos passam por essa história da velha Reykjavik. Como no Silêncio Sepulcral, a Segunda Guerra Mundial e a instalação dos aliados ingleses e americanos naquela ilha estrategicamente localizada no mercado geraram no fundo um choque cultural muito claro.

Não é que todos se conheçam na ilha, mas muito do que não deveria ser conhecido, acaba por saber. Então, esconder segredos acabou se tornando um costume por aquelas bandas. Já durante aqueles duros anos de guerra e até hoje, a vida pode ficar por um fio assim que você conhecer ou participar de alguma desonra familiar ...

A passagem das sombras

Outros livros de Arnaldur Indridason ...

Inverno ártico

O que comentei anteriormente é o mimetismo com o palco como parte da imaginação do autor. Um inverno que parece não ter fim escurece o mundo na Islândia.

Sem o sol, o homem quebra o equilíbrio do ritmo circadiano, e a verdade é que a mente sofre seus efeitos. Uma criança esfaqueada aparece no meio da rua, entre o gelo. Suas origens tailandesas apontam para um surto de xenofobia.

O problema é que não faltam assassinos em potencial. Um romance que investiga o inverno mais frio do mundo e seu governo da alma.

Inverno ártico

Outros livros recomendados de Arnaldur Indridason

Noites de Reykjavík

Vítimas propícias que vagam pelas ruas sem horizonte nem destino. Moradores de rua com os quais ninguém se importa, mas que às vezes podem se tornar parte de um plano ou efeitos colaterais de uma trama sombria que se move por aquelas mesmas ruas desertas tornaram-se seu domínio. Mesmo em ruas geladas como as de Reykjavík, onde parece que ninguém pode observar ou testemunhar nada que possa acontecer como vingança ou acerto de contas... Porque até os sem-abrigo podem ficar sem-abrigo enquanto fogem de algum passado com grandes segredos.

Numa antiga zona pantanosa da capital islandesa, o cadáver de um sem-abrigo aparece flutuando num lago. Como quase ninguém se importa com sua morte, a polícia rapidamente encerra o caso. Um problema a menos. Porém, um jovem agente chamado Erlendur, que conhecia o mendigo em suas rondas pelo centro da cidade, começa a ficar obcecado com as circunstâncias do trágico acontecimento. Existem vários detalhes que indicam que não foi um simples acidente e Erlendur está firmemente convencido de que todos merecem justiça.

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1 comentário em “Os 3 melhores livros de Arnaldur Indridason”

  1. Die im Artikel in deutscher Sprache erscheinenden Titel sind nur wörtliche Übersetzungen der spanischen Ausgaben, in keinem Fall aber die richtigen Titel der deutschen Übersetzungen.

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