Os 3 melhores filmes de Julia Roberts

O problema de um filme como "Uma Linda Mulher" é que ele consegue mais do que rotular e acaba marcando como um estigma. E então é difícil acompanhar outros filmes de Julia Roberts sem evocar a prostituta que retoma uma nova vida graças a Richard Gere. Muito tem a ver, claro, com a cadeia de reprises eternas nos canais gerais nas tardes de sábado. E a coisa é que o conto de fadas delirante está agora um pouco fora de lugar.

Mas não podemos duvidar que há muito mais nesta atriz de sorriso sem fim do que apenas filmes românticos onde ela pode cativar qualquer espectador com os encantos de sua natureza fotogênica. Porque graças a sua carga emocional trabalhada, abençoada por seus traços e essa expressividade transformada em veia interpretativa, Julia conseguiu ser a grande estrela de dezenas de filmes muito diversos.

A má notícia é que a minha seleção inclui filmes dos anos 90 que considero essenciais desta atriz. A boa notícia é que não tenho dúvidas de que são os melhores de toda a sua filmografia. O essencial sobre Julia Roberts se você quiser descobri-la em todo o seu esplendor interpretativo.

3 melhores filmes recomendados de Julia Roberts

Erin Brockovich

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Filmes baseados em fatos reais não costumam ser meus favoritos. Porque no fundo tudo soa como um épico forçado. Como ele disse, um herói é aquele que faz o que pode. Assim, os grandes feitos ou as vidas loucas de grandes personagens acabam soando como uma espécie de propaganda do dia.

E depois há o caso de Erin Brockovich. Precisamente o estereótipo da heroína que fez o que pôde e mais por sua firme convicção em um bem comum que não trouxe nenhuma glória à sua pessoa desde o início. Uma biografia na qual é bom recriar porque os personagens merecem. Uma interpretação de Julia Roberts que ganha com aquele ponto romântico dessa atriz que demonstrou a maior intensidade possível para tornar nossa heroína uma pessoa capaz de transformação, referência para quem hoje quebra a cara por seus ideais.

A questão climática e a falsidade das grandes empresas que exploram os recursos mundiais. A bofetada perfeita que desfaz o facelift habitual e devolve à praça pública o cinismo com que agem tantas grandes corporações, capazes de tudo, inclusive de prejudicar os humanos para aumentar os seus lucros.

Erin nos guia pelos escritórios de advocacia, pelas salas de audiência, pelos riscos inerentes de quem defende direitos agredidos pelos insensíveis que ocupam os cargos mais altos da empresa de plantão... Um filme em ritmo acelerado.

O relatório pelicano

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Não são poucos livros John Grisham levado ao cinema. E o ponto é que, quando isso acontece, os thrillers de tribunal assumem uma nova dimensão. Esta novela se encaixa perfeitamente com a interpretação de Julia Roberts no mesmo sentido de Erin Brockovich. Porque Julia nos é representada com sua fisionomia gentil e firme para se expor aos riscos mais inesperados. Tensão elevada ao máximo, reviravoltas no auge do romance que, embora não alcance um desenvolvimento tão intrincado como o romance (não é fácil sintetizar Grisham), compensa com cenas capazes de combinar a sensação do cidadão Roberts contra Golias com a ideia de que é possível continuar saindo vitorioso com o simples estilingue.

Darby Shaw (Julia Roberts), estudante de direito, escreve um relatório no qual analisa as possíveis razões do recente assassinato de dois juízes da Suprema Corte. A reportagem lhe trará muitos problemas, contando apenas com a ajuda de um jornalista (Denzel Washington) que também quer descobrir quem está por trás desses assassinatos.

linha mortal

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Tem sido difícil para mim decidir entre “Sleeping with His Enemy”, aquele grande thriller de Roberts e este outro filme de suspense mas com nuances que beiram o fantástico, senão a ficção científica. No final das contas, meu gosto por aventuras que beiram o paranormal ficou mais forte.

E que talvez Julia Roberts não seja a principal protagonista desta história. Desde que ele compartilha um nível com outros grandes do momento, como Kiefer Sutherland ou Kevin Bacon. Mas é ela quem carrega o peso mais transcendente da proposta narrativa sobre a vida, a morte e seus limiares...

Cinco estudantes de medicina, que estudaram alguns dos casos de pessoas que voltaram à vida depois de clinicamente mortas, decidem experimentar em si mesmos o que está oculto além da morte, para o qual devem forçar a paralisia do coração e do cérebro refletindo tão vital sinais monitora uma linha horizontal, após a qual eles irão reviver os mortos.

Todos eles se revezam nesse desafio entre o médico, o metafísico e até o religioso. Na sua aventura delirante aproximam-nos dos limites da medicina, da possível existência da alma, movendo-nos entre planos onde o passado e o presente se encontram...

Só que a viagem provoca seus ecos e cada um terá que lidar com uma espécie de passado que se dobrou no presente. A questão é encerrar pendências com as quais a consciência não consegue lidar e que só uma noção espiritual de existência consegue lidar até o primeiro bip do coração que volta a bater. O que aconteceu com Julia em seu caso é o mais emocionante dos casos entre todos os investigadores envolvidos. Rasgando para ter empatia com ela e com qualquer criança que sempre teve algo pendente com seu pai ou mãe...

Outros filmes recomendados de Julia Roberts…

Deixar o mundo para trás

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Um bom filme ruim, dependendo de como você o vê, dependendo do dia que você está tendo até... Porque esse filme brinca com sensações contraditórias, com atmosferas lentas voltadas para a catástrofe, com uma ambiguidade que o torna frívolo ou intenso, dependendo sobre como você deseja ver.

Muitos foram os que sentiram falta da série Friends quando ela desapareceu da programação televisiva. E a garota taciturna deste filme sabe que só em Friends há salvação para um mundo que enfrenta o tédio do desastre absoluto.

Enquanto isso, os adultos continuam tentando adivinhar o que está acontecendo no resto do mundo, além de uma floresta perto de Nova York. Porque alguns sinais apontam para uma destruição iminente. O que acontece é que quase não ocorrem explosões ou desastres naturais, apenas ocasionalmente e como algo anedótico. Porque o importante é como enfrentar o fim do mundo ao ritmo do jazz ou qualquer que seja o ritmo mais dançante entre risadas estranhas...

viagem ao paraíso

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Comédias como essa são um ótimo gancho para recuperar grandes atores e atrizes talvez estacionados ultimamente. Julia Roberts em seu conjunto com George Clooney tem uma atuação feliz neste filme para um humor mais acessível. Estereótipos jocosos entre pais e filhos amplificados em uma engenhosa trama para o reencontro com a filha que aponta caminhos vitais jamais desejados por pai e mãe.

Alianças forçadas para tentar obter uma menina que parece desorientada para eles... Um casal divorciado se junta e viaja para Bali para tentar evitar que sua filha, perdidamente apaixonada, cometa o mesmo erro que eles pensam ter cometido há 25 anos.

A questão já é conhecida onde vai quebrar. A visão da geração seguinte sobre os erros daquela que a precedeu. A ideia de que, errado ou não, na maioria dos casos pouco se pode fazer para que a jovem descubra o mundo. E certamente a surpresa final que os filhos podem ensinar aos pais sobre os erros que cometeram e que os seus filhos, no entanto, souberam evitar...

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