No topo da literatura uruguaia, alternando sua obra com a de outros grandes escritores dos quais foi precursor, como Benedetti, Eduardo Galeano u Onetti, encontramos uma extensa bibliografia como a de Horácio Quiroga que viaja pelo imaginário de meio mundo com o gancho de suas histórias ou histórias.
Quiroga era capaz de encenar horrores no estilo de Poe, em sintonia com seu destino maligno e alternando-o com histórias quase infantis que parecem encobrir sua necessidade de otimismo e vitalidade.
O palco do briefing, por onde passam os mais diversos personagens com suas intervenções curtas, mas sempre transcendentais, foi carregado de exuberância, simbolismo e significado mais extenso graças a uma caneta como a de Quiroga que fez dela uma caixa de ressonância global.
E, no entanto, não é que Quiroga tenha conquistado durante sua existência esse aspecto de eterno autor da literatura uruguaia e latino-americana. Porque precisamente a história e a história nunca conquistaram muitas amizades entre as elites culturais mais inclinadas a considerar o equilÃbrio entre inspiração e transpiração do romance como a mais alta demonstração de virtude literária.
Mas, no final das contas, o tempo coloca todos em seus lugares. E Horacio Quiroga, ou melhor, a sua obra, é aquela referência para leitores de todas as idades que gostam de mergulhar em mundos imprevisÃveis, com aquela moral final, de aspecto ético ou social, que tudo inunda.
Os 3 livros mais recomendados por Horacio Quiroga
Contos de amor, loucura e morte
Essa regra das circunstâncias é inegável. Que as tormentas se desencadeiam nos espÃritos mais criativos para criações polarizadas entre os instintos de sobrevivência e os anseios de entrega ao infortúnio, é algo evidente.
Esta é a obra mais representativa de Horacio Quiroga. Nessas histórias, Quiroga trata-se com domÃnio absoluto no campo da narração de terror (não em vão ele é comparado a Poe e Maupassant, como pode ser visto ao ler histórias chocantes como "The Cutthroat Chicken"), e nos oferece uma de os maiores expoentes do modernismo latino-americano. É também a obra mais pessoal de alguém cuja trágica existência foi marcada tanto pelo amor como pela loucura e pela morte.
Contos da selva
Às vezes, o voo é a única opção. Porque o destino tem aquele gosto pela repetição que no caso de Quiroga foi desencadeado à vontade. Mas nessa distância de tudo e de todos, Quiroja também encontrou cura, horror, resiliência e sublimação. Caso contrário, não seria possÃvel compreender um livro como este em que ele se dedicou a aproximar as crianças da realidade do ambiente de selva onde encontrou por muito tempo seu lugar longe do mundo. Sempre com um prisma de detalhe cuidado, de pureza pacificadora para ele e iluminador para os leitores mais jovens a partir dos 8 anos.
Essas histórias, inventadas para os próprios filhos durante a estada em Misiones, são repletas de ternura e lições de moral. Juntos, eles oferecem um conjunto de valores educacionais, extraÃdos do comportamento animal, no estilo das fábulas de Esopo. As oito histórias, com o homem como o maior predador da Natureza, são perenemente atuais, devido ao seu estilo e compromisso.
Contos fantásticos
Esta edição reúne as melhores histórias fantásticas do escritor uruguaio de nascimento e argentino de adoção Horacio Quiroga, nas quais a loucura, o reino fantástico-aterrorizante, repleto de elementos insanos e de puro e apavorante espanto. Ele é o melhor herdeiro de Edgar Allan Poe em espanhol e o primeiro grande contista latino-americano contemporâneo. Sua escrita está impregnada de suas experiências pessoais.
Sua vida foi marcada pela morte, o suicÃdio de familiares e amigos e um relacionamento conjugal turbulento. Sua permanência na selva como colono em terras quase virgens, e outras circunstâncias vitais, o impulsionou a escrever histórias, logo se tornando um dos autores mais prolÃficos e originais, em experimentação contÃnua e completa liberdade criativa.