3 melhores livros de Alonso Cueto

Entre gerações de Vargas Llosa e de santiago roncagliolo, encontramos um Alonso Cueto isso confirma aquela cadência fascinante de escritores peruanos de primeiro nível internacional. Porque todos eles acabam se destacando como contadores de histórias essenciais em espanhol de sua época.

No caso de Alonso Cueto, sobre o ofício de escritor Veio com aquele ponto de predestinação de quem escolhe academicamente a literatura para acabar fazendo doutorado. E neste processo de estudo e documentação, Alonso Cueto forjou uma marca muito pessoal com inspirações diversas que vão de Henry James a Onetti, com um estudo exaustivo destes e de muitos outros autores.

Mas a questão no final, para um bom escritor, é conseguir manifestar essa marca, essa mistura entre imaginação, recursos, estilo e vontade criativa para fazer uma bibliografia muito particular que no caso de Alonso Cueto contém tudo e para todos. tipos de leitores exigentes.

Os 3 principais romances recomendados de Alonso Cueto

A hora azul

São horas de todas as cores e intensidades. sim para Sérgio del Molino a hora violeta foi a mais amarga, para Alonso Cueto também uma hora azul, próxima do violeta em sua gama de cores, supõe uma ruptura entre o que deveria ter sido, o que foi "desejado" e o que foi.

A hora azul narra uma pausa na vida quase perfeita de Adrián Ormache, um prestigioso advogado da classe alta de Lima que parece não ter nada: sem emprego, sem família, sem posição social.

Sua imagem perfeita, porém, escurece quando seu pai, um proeminente marinheiro de Ayacucho durante o período mais violento da guerra terrorista desencadeada pelo Sendero Luminoso, confessa seu maior segredo: a existência de uma mulher por quem estava apaixonado e por quem ele poupou sua vida, Miriam.

Adrián, contra todos os conselhos e apesar das ameaças que recebe, parte numa viagem para a encontrar. A exploração do passado, contada ao ritmo de suspense e com um manuseio excelente do suspense, você descobrirá que tipo de soldado seu pai era, que tipo de homem ele é e qual é o país em que viveram.

A hora azul

A segunda amante do rei

Os motivos do desgosto tornam-se as causas da paixão. Basta saber lidar com essa possível transição nesse difícil equilíbrio entre o que é necessário para sobreviver aos impulsos que nos guiam enquanto razão, moralidade e costumes vão se estabelecendo como rotinas às quais o humano se apega em busca da imortalidade de um amor que nunca pode ser eterno.

Mas a verdade é que você nunca pode deixar de amar, por mais que intua que o orgasmo é uma redução ao absurdo daquela eternidade impossível, apesar de sua busca ser um fardo entre os padrões fisiológicos e básicos para a perpetuação de a espécie.

Este romance investiga a percepção dicotômica do amor entre Gustavo e Lali. No que parece mais uma história sobre os diferentes estados em que as duas partes que concordam sobre o amor eterno podem se encontrar.

Depois, há as condições externas, a percepção alheia e o esforço para mostrar que as decisões no mais importante que nos preocupa, o amor, se ajustam às imposições e à normalidade em que os outros se refugiam da sua chuva incipiente. desejos mais profundos.

Porque Gustavo e Lali pertencem àquela alta camada social para a qual cada desgosto é considerado uma derrota humana. E isso, para os empreendedores que fizeram de suas vidas um sucesso, soa como a mais amarga derrota.

A história se completa com a personagem Sônia, que sabe que nesta história sombria de amor derrotado existem arestas escondidas que escapam ao conhecimento comum. E é aí que a história ganha um aspecto policial que acaba revelando a forma única e até violenta de amor entre Gustavo e Lali.

A consideração unânime de Alonso Cueto como um dos maiores contadores de histórias atuais em espanhol é ratificada mais uma vez neste romance com evocações de Milan Kundera nas contradições do ser humano e de Henry James na brilhante contribuição das histórias narradas de dentro, dar aquele livro que os personagens parecem escrever como se um leitor pudesse ler diretamente sobre a alma humana.

A segunda amante do rei

Os perricholi

É sempre interessante saber sobre os verdadeiros heróis da história. Ou pelo menos sobre personalidades que acabam se destacando com um ponto de heroísmo para a sobrevivência, levando o mundo para uma caçada.

Porque o perricholi foi aquela heroína que a seu modo, libertada e libertada, contribuiu para a libertação das mulheres. Ela deu passos adiante repudiados até mesmo por outras mulheres. Mas, graças ao seu espírito iconoclasta, à sua forma extrema de enfrentar a vida e à sua coragem, o seu exemplo serviu no fundo das consciências e ainda hoje serve de exemplo.

Quem foi Micaela Villegas? A atriz que brilhou no Coliseu da Comédia? O amante que estrelou com o vice-rei Amat em uma das histórias de amor mais polêmicas do século XNUMX no Peru? A beleza mestiça que abalou os alicerces da sociedade limenha de seu tempo, desencadeando ódio, bajulação e inveja?

A piedosa mulher que se ajoelhou diante de um pároco para confessar seus pecados? O rebelde acusado de imoralidade? A mãe que criou seu filho com amor e orgulho? Ou a manifestante que soube trocar um insulto ao nome com o qual se tornou famosa: Perricholi?

Essas e outras questões perpassam o enredo deste romance que recria a vida desafiadora de Micaela Villegas, situada entre os últimos anos do vice-reinado peruano e o alvorecer da Independência.

Narrado com um estilo de frases curtas, plásticas e envolventes que dão velocidade e vigor à prosa, este emocionante romance de Alonso Cueto usa a pesquisa histórica e os mecanismos da ficção para explorar, sem ofuscar seu mistério, o coração indomável de Micaela Villegas: la Perricholi. Rainha de Lima.

Os perricholi
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